sábado, 10 de setembro de 2011

continuação

No fundo do quintal da casa em que Mell vivia, havia um riacho de águas cristalinas e uma enorme rocha no meio; era pra onde ela sempre ia quando se sentia triste e só. Foi para lá que levou Kevin, subiram naquela rocha e ficaram lá sentados olhando para o horizonte. Mell arriscou a arrancar lhe algumas coisas: — e então, de onde veio?
—Não de muito longe. - respondeu ele.
— Me fale mais sobre você, de sua família? - Mell estava empolgada.
— Bem... Eu já tive família, éramos quatro, meu pai, minha mãe, meu irmão e eu. Meu pai era inglês, deixou Londres assim que completou seus 18 anos. Ele era fascinado pelo Brasil, e ainda mais por minha mãe que era brasileira. Ela foi o grande motivo pelo qual ele deixou a Europa. Nós vivíamos uma vida normal, eu era normal. Morávamos numa casa grande, tínhamos boas condições financeiras, tínhamos conforto. Tudo do bom e do melhor até que um dia no final das nossas férias... (Kevin fez uma pausa).
— Vamos Kevin continue - disse Mell ansiosa para ouvir a historia. Naquele dia (continuou) uma senhora apareceu em nossa porta ela estava trêmula, pois fazia muito frio ela nos pediu agasalho e um pouco de comida. Minha mãe muito bondosa a convidou para entrar, oferecemos abrigo a ela naquela tarde. À noite quando todos dormiam, ela começou a rondar pelos cômodos da casa. Ela foi parar no quarto dos meus pais que ainda dormiam. Meu irmão e eu acordamos com os gritos de minha mãe, corri até o quarto e encontrei minha mãe desesperada com meu pai nos braços e a velha parada com a boca ensangüentada. Ela havia mordido meu pai como um cachorro que morde um pedaço de carne fresca. Minha mãe gritou pra gente fugir. Desesperados e confusos descemos correndo as escadas, mas meu irmão acabou tropeçando e quebrou a perna. Naquela altura ela já tinha acabado com minha mãe também. Coloquei meu irmão nas costas, mas ele era muito pesado não fomos muito longe do que até a próxima esquina. As ruas estavam desertas, nossos vizinhos ainda não
haviam retornado das férias. Havia perto de casa um canil da policia, conseguimos pular a tela com muito esforço. Os cães eram ferozes, mas com aquela criatura pavorosa nos perseguindo nem nos importamos com isso. Mas nem mesmo lá estaríamos seguros a velha era uma vampira, tinha uma força incomparável e rasgou a tela de aço como se fosse um tecido.
Os cães latiam bastante, abrimos as gaiolas que os prendiam e eles saltaram pra cima dela. Enquanto isso ganhamos tempo pra escapar. Mas não fizemos a coisa certa os cães que não avançaram na criatura estavam nos perseguindo. Consegui Chegar de volta até a porta de casa, mas... O Alec, o Alec o meu irmão mais velho foi pego por um dos cães. Os outros cães foram mordidos e logo se transformaram em animais bizarros seus caninos eram maiores que os de um cão normal. Eram cães vampiros. Não pude fazer nada... Meu irmão foi estraçalhado cruelmente pelas criaturas, eu me vi salvo por pouco tempo. A mulher derrubou a porta da minha casa tentei recuar, mas ela era muito rápida me puxou pela perna e mordeu minha panturrilha. Eu gritei de dor ao sentir os dentes perfurando a minha pele. Provavelmente eu não teria sobrevivido se naquela noite não tivesse chegado um homem a tempo de me salvar ele tinha consigo um remo de madeira, ele a acertou em cheio o remo até quebrou, mas ela continuou de pé enquanto isso me arrastei até conseguir sair pela porta dos fundos... Um garoto que aparentava ser um pouco mais velho que eu estava escondido em uma pick-up e me puxou La pra dentro. Eu estava perdendo o sentido, pois a dor era imensa, mas me lembro que ele pegou um canivete e abriu a minha ferida para que o veneno não se espalhasse doía muito. O garoto pediu que confiasse nele então desceu sozinho e foi em direção da minha casa ele disse que aquele homem era o pai dele e que estava indo ajudá-lo. Pouco depois que ele entrou a minha casa foi pelos ares. Uma explosão a detonou completamente.

sábado, 23 de abril de 2011

capítulo 2





Capítulo 2
A revelação
                                                          


Era noite, Mell já havia preparado a mesa para o jantar. Não era nenhuma ocasião especial, mas caprichou na decoração. Pôs no centro da mesa um buquê de rosas vermelhas e tirou da cristaleira as taças de cristal. Neste momento o jovem entra na sala já vestido com as roupas de seu irmão. Sentaram-se a mesa. Ele novamente não tocou na comida. Apenas elogiou a decoração: — Lindas rosas!
— Eu mesma plantei - respondeu Mell tocando nas rosas.
Acidentalmente ela espeta seu dedo em um dos espinhos. Uma gota de sangue escorria. No mesmo momento o rapaz avançou em sua direção. Seus olhos já não eram tão azuis quanto antes e sua pupila havia se contraído totalmente, suas presas cresceram em poucos segundos. —Eu estou faminto preciso do seu sangue!
   Foi o bastante para que Mell entrasse em pânico começasse a gritar por socorro e implorar ao rapaz para que não a matasse.
Porem o rapaz estava confuso e não soubera explicar o impulso predatório, mas garantiu que não ia fazer nenhum mal a ela. Tentou se aproximar para acalmá-la, mas ela se afastava e pedia: — Não me mate! Não me mate! 
 — Mell se acalme! Não vou te machucar, não tenha medo, confie em     mim – disse tentando amenizar o susto dela.
 Seus olhos e suas presas voltaram-se ao normal; isso garantiu certa segurança a Mell que ainda estava trêmula. Deu lhe um abraço e disse ao seu ouvido: — Hei não vou te fazer mal. Nós somos amigos.
  O sangue de Mellissa foi o bastante para o jovem recuperar seu instinto vampiresco e também sua memória.
—Então você é um vampiro? - perguntou ela de cabeça baixa desviando seu olhar do rosto do rapaz misterioso. — Sou sim respondeu ele levantando o queixo dela. — Me lembro claramente de tudo. Prazer sou Kevin Alexander Vanderfield. Desculpe-me por ter te assustado.  Eu tenho que ir embora. Obrigado por tudo!
Kevin virou as costas e Caminhou em direção à porta. —Espere! Não vá. - pediu Mell agora sem medo algum.
Kevin virou-se novamente, mas antes que dissesse qualquer palavra, fora interrompido por uma batida na porta.
Mellissa caminhou para abri-la.
 — Não abra! - pediu Kevin.
 Pela vidraça era possível ver um vulto batendo novamente na porta.
— Não abra a porta e se afaste... Kevin mal terminara de completar a frase e a vidraça se estraçalhou pelo chão da sala. Ali estava parada na porta uma figura sombria, vestida com um sobretudo preto encapuzado.
— Então ainda está vivo?Mas não pensou que pudesse escapar de mim. —Hein Vanderfield?  - Falou a figura de voz feminina.
— Então é você! - pacificamente concluiu Kevin.
Assustada e confusa ao mesmo tempo, Mell perguntou: — O que está acontecendo? Quem é você que invadiu e destruiu a minha porta?
— Ora, ora o que temos aqui? Que tamanho atrevimento! As refeições nunca questionam! - retrucou a figura revelando seu rosto.
—Atrevimento é o teu de derrubar minha porta - triplicou. E que historia é essa de refeição? – indagou Mellissa autoritária porem com medo.
 —Nunca vi uma presa tão arrogante, geralmente elas se contorcem de medo e imploram para não serem devoradas, mas enfim acabou meu jejum.
— Não se atreva a encostar-se a um único fio de cabelo dela! - Defendeu Kevin entrando na frente de Mellissa.
 — Saia da minha frente! - Ordenou a estranha revelando suas presas afiadas.
 — Pare Verônica! Você não vai fazer nada, nos deixe em paz; senão não terei outra escolha a não ser...
 —Me matar? Sorriu puxando-o pela gola da camisa com uma bruta força.
 Kevin reagiu pegando - a pelo pescoço. —Então depois de todo esse tempo, eles te mandaram atrás de mim, não é isso?
— Está me enforcando, me solte! – disse a Vampira se sufocando.
— Fale logo!  - Kevin a apertava com mais força.
— Seu idiota! se me matar eles virão atrás de você e te matarão também. Kevin virou-se para Mell e disse: — Vá para um lugar seguro!
 — mas... mas e você...  – respondeu confusa e assustada.
 —Vá logo, depois eu te procuro.
 Mell saiu correndo pela porta estraçalhada. — Agora somos só você e eu. - disse ele esmagando o pescoço da Vampira. —Sinto muito acabou!
Kevin finalmente soltou o pescoço de Verônica que caiu sem vida no chão. Carregou o corpo até o mato e ateou fogo. Mell observou tudo de longe escondida em um arbusto.
Mell Voltou pra casa aterrorizada afinal, não sabia da existência desses seres e agora estava acompanhada por um e presenciado a morte de outro. Mell mal podia acreditar no que havia acontecido.
 —Mell tudo bem! Precisamos conversar um pouco. - disse Kevin preocupado com o estado de choque da garota. —Acho melhor não. Estou meio confusa, amanhã poderemos falar sobre isso - disse ela dando – lhe as costas.
— Tudo bem, então amanhã a gente se fala. Até! – disse ele voltado-se para ela, que ainda permanecia de costas.
 —E... Kevin. Já está tarde, (disse retornando a ele) pra onde vai agora que se lembra de tudo?
— Eu não sei. Lembro-me de quase tudo, mas não sei o que vim fazer nessa cidade. Sei que é algo importante, mas não sei o que é. Mas não se preocupe quanto a  isso, as noites para mim é como o dia é pra vocês humanos.
 — então tudo bem amanha a gente se fala então - disse caminhando rumo à porta de casa. —Então adeus -  disse se retirando.
   Na manhã seguinte, Mell acordou com a sensação de ter vivido um sonho absurdo e bizarro, porem quando viu sua porta estraçalhada estava certa de que tudo aquilo fosse realidade. E realmente era.
   Como de costume seguiu o seu trajeto rumo à cidade  desta vez, estava à pé, pois deixara a bicicleta quando encontrou Kevin morrendo na estrada. Por sorte a encontrou da mesma forma que a deixou; já que havia pouco movimento naquele percurso.
Mell montou em sua bike e pôde chegar a tempo para dar  aula de artes para as crianças da cidade. Mell é artista plástica e isto é uma das coisas que mais a dão prazer. A sala como sempre estava vazia, mas dava a aula com muito carinho e era também muito querida por seus alunos. Estava um pouco distante, pensativa, até mesmo a classe notava.
—Tia vai deixar ou não vai? -  perguntou Juninho impaciente, um de seus mais queridos alunos. — Deixar o quê? - perguntou ela
 — Ora vai me deixar ir ao banheiro? Eu já te perguntei duas vezes e a senhora não me responde.
 — Me desculpe, pode ir sim. -  Mell não parava de pensar no que havia acontecido no dia anterior. Na volta pra casa se deparou com Kevin no caminho usando óculos escuros e com um buquê de rosas vermelhas na mão (sem espinhos). Ela parou e ele se aproximou entregando lhe o buquê. — São pra você estas rosas.
 — obrigada! - disse um pouco tímida. Você não veio à pé veio?
— Sim eu vim. Se você conseguiu me levar até a sua casa sozinha, acho que  andar o mesmo trajeto á pé não é nada demais.
— É verdade - disse ela sorrindo. Mas hoje prefiro ir de bike mesmo.
— Vai me oferecer carona? Disse ele.
— Claro, monte aí convidou ela .
Ele sorriu ao perceber que ela falava sério. — Se importa se eu lhe carregar?
— Por favor  disse ela entregando-lhe a bicicleta.
 Ao chegar, Mell preparou uma floreira com água para botar o buquê enquanto Kevin estava vendo TV. Zapeando os canais caiu em um programa de noticias cuja manchete do momento era: “a morte de pessoas numa cidade vizinha, o intrigante era que as vítimas tiveram seu sangue “sugado” misteriosamente” nesse momento Mell retorna à sala e Kevin muda rapidamente de canal.
—O que estava vendo?Perguntou ela. — Ah... Era só a... a previsão do tempo (improvisou).
 — e então? Continuou Mell.
— e então o quê?- disse atrapalhado.
—a previsão. - disse Mell percebendo o nervosismo dele. — Uma frente fria está a caminho é só isso. —Eu preciso ir embora. Tenho que continuar a buscar a minha missão, se ficar aqui talvez eu nunca me lembre.
 — está estranho,você parece estar escondendo algo de mim...
Mell não conseguia entender o porquê da alteração de humor tão de repente. — pensei que confiasse em mim, afinal descobri o que você é e nem por isso vou sair anunciando num alto falante. Desculpe é que não quero te envolver nisso más, mas, sinto muito, muito mesmo. Adeus! -disse se levantando para ir embora.
— Hei não pode fazer isso comigo, espera vamos conversar um pouco, foi pra isso que você voltou. Deixe eu te ajudar podemos resolver isso, juntos...
— você não pode fazer nada por mim, quer dizer poderia ter feito se tivesse me deixado morrer na beira da estrada. Os olhos de Kevin estavam vermelhos e sua voz estava alterada.
Mell quase se engasga com as palavras. — O que você está dizendo? salvo sua vida e você me diz essas coisas? Você é muito mal agradecido!
 — Mell... Desculpe-me eu me exaltei um pouco, mas eu só quero sua segurança e não quero te envolver com meus problemas. — Tudo bem, mas eu preciso entender o que está acontecendo com você, quem sabe eu posso te ajudar... -  disse Mell olhando firmemente em seus olhos.
Kevin sorriu. — Você é uma pessoa muito especial, tem noção do que está fazendo? você está de frente com uma criatura temida por todos. Outra pessoa já teria fugido ou gritado e você dizendo que quer me ajudar? Por que me ajudaria, Sou um desconhecido até então? Não posso compreender.
—Kevin escuta, não sei nada a respeito de você, do seu passado, de onde veio ou para onde vai, mas pude ver que seus olhos transmitem algo inexplicável. Eu não tenho medo do que você é. Sinto que devo te ajudar e é isso que vou fazer se me permitir.
Kevin se comoveu; nunca teve alguém que se importasse dessa forma com ele.  Num impulso ele a abraçou com muita força. Ficaram alguns minutos abraçados e em silêncio. Sentiu o calor do corpo dela em contato com o seu.
  Mell sussurrou baixinho: — por favor, fique! Não vá embora.
 — Está bem - respondeu ele.




Capítulo 2
A revelação
                                                          


Era noite, Mell já havia preparado a mesa para o jantar. Não era nenhuma ocasião especial, mas caprichou na decoração. Pôs no centro da mesa um buquê de rosas vermelhas e tirou da cristaleira as taças de cristal. Neste momento o jovem entra na sala já vestido com as roupas de seu irmão. Sentaram-se a mesa. Ele novamente não tocou na comida. Apenas elogiou a decoração: — Lindas rosas!
— Eu mesma plantei - respondeu Mell tocando nas rosas.
Acidentalmente ela espeta seu dedo em um dos espinhos. Uma gota de sangue escorria. No mesmo momento o rapaz avançou em sua direção. Seus olhos já não eram tão azuis quanto antes e sua pupila havia se contraído totalmente, suas presas cresceram em poucos segundos. —Eu estou faminto preciso do seu sangue!
   Foi o bastante para que Mell entrasse em pânico começasse a gritar por socorro e implorar ao rapaz para que não a matasse.
Porem o rapaz estava confuso e não soubera explicar o impulso predatório, mas garantiu que não ia fazer nenhum mal a ela. Tentou se aproximar para acalmá-la, mas ela se afastava e pedia: — Não me mate! Não me mate! 
 — Mell se acalme! Não vou te machucar, não tenha medo, confie em     mim – disse tentando amenizar o susto dela.
 Seus olhos e suas presas voltaram-se ao normal; isso garantiu certa segurança a Mell que ainda estava trêmula. Deu lhe um abraço e disse ao seu ouvido: — Hei não vou te fazer mal. Nós somos amigos.
  O sangue de Mellissa foi o bastante para o jovem recuperar seu instinto vampiresco e também sua memória.
—Então você é um vampiro? - perguntou ela de cabeça baixa desviando seu olhar do rosto do rapaz misterioso. — Sou sim respondeu ele levantando o queixo dela. — Me lembro claramente de tudo. Prazer sou Kevin Alexander Vanderfield. Desculpe-me por ter te assustado.  Eu tenho que ir embora. Obrigado por tudo!
Kevin virou as costas e Caminhou em direção à porta. —Espere! Não vá. - pediu Mell agora sem medo algum.
Kevin virou-se novamente, mas antes que dissesse qualquer palavra, fora interrompido por uma batida na porta.
Mellissa caminhou para abri-la.
 — Não abra! - pediu Kevin.
 Pela vidraça era possível ver um vulto batendo novamente na porta.
— Não abra a porta e se afaste... Kevin mal terminara de completar a frase e a vidraça se estraçalhou pelo chão da sala. Ali estava parada na porta uma figura sombria, vestida com um sobretudo preto encapuzado.
— Então ainda está vivo?Mas não pensou que pudesse escapar de mim. —Hein Vanderfield?  - Falou a figura de voz feminina.
— Então é você! - pacificamente concluiu Kevin.
Assustada e confusa ao mesmo tempo, Mell perguntou: — O que está acontecendo? Quem é você que invadiu e destruiu a minha porta?
— Ora, ora o que temos aqui? Que tamanho atrevimento! As refeições nunca questionam! - retrucou a figura revelando seu rosto.
—Atrevimento é o teu de derrubar minha porta - triplicou. E que historia é essa de refeição? – indagou Mellissa autoritária porem com medo.
 —Nunca vi uma presa tão arrogante, geralmente elas se contorcem de medo e imploram para não serem devoradas, mas enfim acabou meu jejum.
— Não se atreva a encostar-se a um único fio de cabelo dela! - Defendeu Kevin entrando na frente de Mellissa.
 — Saia da minha frente! - Ordenou a estranha revelando suas presas afiadas.
 — Pare Verônica! Você não vai fazer nada, nos deixe em paz; senão não terei outra escolha a não ser...
 —Me matar? Sorriu puxando-o pela gola da camisa com uma bruta força.
 Kevin reagiu pegando - a pelo pescoço. —Então depois de todo esse tempo, eles te mandaram atrás de mim, não é isso?
— Está me enforcando, me solte! – disse a Vampira se sufocando.
— Fale logo!  - Kevin a apertava com mais força.
— Seu idiota! se me matar eles virão atrás de você e te matarão também. Kevin virou-se para Mell e disse: — Vá para um lugar seguro!
 — mas... mas e você...  – respondeu confusa e assustada.
 —Vá logo, depois eu te procuro.
 Mell saiu correndo pela porta estraçalhada. — Agora somos só você e eu. - disse ele esmagando o pescoço da Vampira. —Sinto muito acabou!
Kevin finalmente soltou o pescoço de Verônica que caiu sem vida no chão. Carregou o corpo até o mato e ateou fogo. Mell observou tudo de longe escondida em um arbusto.
Mell Voltou pra casa aterrorizada afinal, não sabia da existência desses seres e agora estava acompanhada por um e presenciado a morte de outro. Mell mal podia acreditar no que havia acontecido.
 —Mell tudo bem! Precisamos conversar um pouco. - disse Kevin preocupado com o estado de choque da garota. —Acho melhor não. Estou meio confusa, amanhã poderemos falar sobre isso - disse ela dando – lhe as costas.
— Tudo bem, então amanhã a gente se fala. Até! – disse ele voltado-se para ela, que ainda permanecia de costas.
 —E... Kevin. Já está tarde, (disse retornando a ele) pra onde vai agora que se lembra de tudo?
— Eu não sei. Lembro-me de quase tudo, mas não sei o que vim fazer nessa cidade. Sei que é algo importante, mas não sei o que é. Mas não se preocupe quanto a  isso, as noites para mim é como o dia é pra vocês humanos.
 — então tudo bem amanha a gente se fala então - disse caminhando rumo à porta de casa. —Então adeus -  disse se retirando.
   Na manhã seguinte, Mell acordou com a sensação de ter vivido um sonho absurdo e bizarro, porem quando viu sua porta estraçalhada estava certa de que tudo aquilo fosse realidade. E realmente era.
   Como de costume seguiu o seu trajeto rumo à cidade  desta vez, estava à pé, pois deixara a bicicleta quando encontrou Kevin morrendo na estrada. Por sorte a encontrou da mesma forma que a deixou; já que havia pouco movimento naquele percurso.
Mell montou em sua bike e pôde chegar a tempo para dar  aula de artes para as crianças da cidade. Mell é artista plástica e isto é uma das coisas que mais a dão prazer. A sala como sempre estava vazia, mas dava a aula com muito carinho e era também muito querida por seus alunos. Estava um pouco distante, pensativa, até mesmo a classe notava.
—Tia vai deixar ou não vai? -  perguntou Juninho impaciente, um de seus mais queridos alunos. — Deixar o quê? - perguntou ela
 — Ora vai me deixar ir ao banheiro? Eu já te perguntei duas vezes e a senhora não me responde.
 — Me desculpe, pode ir sim. -  Mell não parava de pensar no que havia acontecido no dia anterior. Na volta pra casa se deparou com Kevin no caminho usando óculos escuros e com um buquê de rosas vermelhas na mão (sem espinhos). Ela parou e ele se aproximou entregando lhe o buquê. — São pra você estas rosas.
 — obrigada! - disse um pouco tímida. Você não veio à pé veio?
— Sim eu vim. Se você conseguiu me levar até a sua casa sozinha, acho que  andar o mesmo trajeto á pé não é nada demais.
— É verdade - disse ela sorrindo. Mas hoje prefiro ir de bike mesmo.
— Vai me oferecer carona? Disse ele.
— Claro, monte aí convidou ela .
Ele sorriu ao perceber que ela falava sério. — Se importa se eu lhe carregar?
— Por favor  disse ela entregando-lhe a bicicleta.
 Ao chegar, Mell preparou uma floreira com água para botar o buquê enquanto Kevin estava vendo TV. Zapeando os canais caiu em um programa de noticias cuja manchete do momento era: “a morte de pessoas numa cidade vizinha, o intrigante era que as vítimas tiveram seu sangue “sugado” misteriosamente” nesse momento Mell retorna à sala e Kevin muda rapidamente de canal.
—O que estava vendo?Perguntou ela. — Ah... Era só a... a previsão do tempo (improvisou).
 — e então? Continuou Mell.
— e então o quê?- disse atrapalhado.
—a previsão. - disse Mell percebendo o nervosismo dele. — Uma frente fria está a caminho é só isso. —Eu preciso ir embora. Tenho que continuar a buscar a minha missão, se ficar aqui talvez eu nunca me lembre.
 — está estranho,você parece estar escondendo algo de mim...
Mell não conseguia entender o porquê da alteração de humor tão de repente. — pensei que confiasse em mim, afinal descobri o que você é e nem por isso vou sair anunciando num alto falante. Desculpe é que não quero te envolver nisso más, mas, sinto muito, muito mesmo. Adeus! -disse se levantando para ir embora.
— Hei não pode fazer isso comigo, espera vamos conversar um pouco, foi pra isso que você voltou. Deixe eu te ajudar podemos resolver isso, juntos...
— você não pode fazer nada por mim, quer dizer poderia ter feito se tivesse me deixado morrer na beira da estrada. Os olhos de Kevin estavam vermelhos e sua voz estava alterada.
Mell quase se engasga com as palavras. — O que você está dizendo? salvo sua vida e você me diz essas coisas? Você é muito mal agradecido!
 — Mell... Desculpe-me eu me exaltei um pouco, mas eu só quero sua segurança e não quero te envolver com meus problemas. — Tudo bem, mas eu preciso entender o que está acontecendo com você, quem sabe eu posso te ajudar... -  disse Mell olhando firmemente em seus olhos.
Kevin sorriu. — Você é uma pessoa muito especial, tem noção do que está fazendo? você está de frente com uma criatura temida por todos. Outra pessoa já teria fugido ou gritado e você dizendo que quer me ajudar? Por que me ajudaria, Sou um desconhecido até então? Não posso compreender.
—Kevin escuta, não sei nada a respeito de você, do seu passado, de onde veio ou para onde vai, mas pude ver que seus olhos transmitem algo inexplicável. Eu não tenho medo do que você é. Sinto que devo te ajudar e é isso que vou fazer se me permitir.
Kevin se comoveu; nunca teve alguém que se importasse dessa forma com ele.  Num impulso ele a abraçou com muita força. Ficaram alguns minutos abraçados e em silêncio. Sentiu o calor do corpo dela em contato com o seu.
  Mell sussurrou baixinho: — por favor, fique! Não vá embora.
 — Está bem - respondeu ele.


Capítulo 2A revelação                                                          

segunda-feira, 11 de abril de 2011

A descoberta :

Capítulo 1
A descoberta
Era uma manhã ensolarada. O orvalho ainda estava na grama, fazia frio quando Mellissa Du Valle uma jovem garota, montada em sua bicicleta, fazia seu trajeto rotineiro até a pequena cidade de Campos Verdes. Os primeiros raios do sol penetravam em seus olhos tonalizando-os da cor de mel. O vento batia em seu rosto cobrindo-o parcialmente com os cabelos dourados. Seu único agasalho era um cachecol amarelo crochetado. Como de costume só se ouvia o canto dos pássaros, grilos e até do gado das fazendas mais próximas. Entretanto Mellissa pôde ouvir bem baixinho, sussurrado, um gemido pedindo por socorro:
 –– Alguém me ajude, por favor!  - Pensou estar ouvindo coisas mas, escutou novamente e  dessa vez com mais força: — Me ajude!
  Avistou em meio ao capim ainda molhado uma figura caída. Sentiu medo, mas atraída pela curiosidade soltou a bicicleta e deu alguns passos na direção. Permaneceu parada por segundos. A figura se mexia sem forças, indefesa, avançou dessa vez sem medo, era um homem que estava ferido e nu.
O Jovem tremia e novamente pedia: — Me ajude! Não me deixe acabar aqui!
—Tudo ficará bem eu vou te tirar daqui. Garantiu ela tirando do pescoço o cachecol.
Cobriu-o. Com esforço conseguiu colocá-lo de pé. Ela permaneceu calada, ele se queixava do sol que feria seus olhos.
    Ela dirigiu seus olhos aos dele entreabertos, quase fechados, pôde perceber que eram azuis. Tirou a fita que prendia seus cabelos e vedou-lhe os olhos. Ele murmurou um obrigado. E Caminharam para a estrada.

   Passavam-se  mil coisas pela cabeça de Mellissa, o que havia acontecido a este jovem, era uma delas. Mas o que mais a preocupava era buscar ajuda por que ela não suportava mais sozinha o peso do rapaz. Pararam à sombra de uma árvore para descansarem, ele se manteve calado.
Ela se atreveu a perguntar o que tinha acontecido. Balançando a cabeça ele disse: — Não consigo me lembrar de nada, nem como vim parar aqui. Não soube nem ao menos dizer o próprio nome. Ela então se apresentou:
 — Pois bem garoto sem nome, me chamo Mellissa, mas todos me chamam de Mell. Ele sorriu e disse: — Muito prazer... Mell.
 —Vamos continuar? - Perguntou ela.
 —Pra onde está me levando? Perguntou ele.
— O hospital fica longe e nesse ritmo chegaremos até lá só à tarde, então vamos pra minha casa mesmo.
  Poucas horas depois chegaram a casa. O rapaz então pôde repousar em um dos quartos. Mellissa pensou em ligar para a polícia, mas preferiu esperar o rapaz descansar e tentar fazê-lo lembrar de algo. Foi até o quarto e o encontrou dormindo.
   A tarde se aproximava, o jovem acabara de acordar, Ali estava Mell sentada na cadeira, vendo ele se despertar. Em cima da mesinha um lanche o esperava. —Parece bem melhor agora! - Afirmou Mell notando que ele não estava tão pálido como antes. — Sim, estou muito melhor. Obrigado!
—Achei estas roupas. Eram do meu irmão acho que vão lhe servir. Pode tomar um banho o banheiro fica ali - indicou apontando para a porta do mesmo.
—Obrigado por tudo até agora - agradeceu ele.
  Mell notou que o prato permaneceu intacto. — Não vai comer? Preparei especialmente pra você. —Não obrigado. Não tenho fome! Respondeu dirigindo ao banheiro para tomar banho.