sábado, 10 de setembro de 2011

continuação

No fundo do quintal da casa em que Mell vivia, havia um riacho de águas cristalinas e uma enorme rocha no meio; era pra onde ela sempre ia quando se sentia triste e só. Foi para lá que levou Kevin, subiram naquela rocha e ficaram lá sentados olhando para o horizonte. Mell arriscou a arrancar lhe algumas coisas: — e então, de onde veio?
—Não de muito longe. - respondeu ele.
— Me fale mais sobre você, de sua família? - Mell estava empolgada.
— Bem... Eu já tive família, éramos quatro, meu pai, minha mãe, meu irmão e eu. Meu pai era inglês, deixou Londres assim que completou seus 18 anos. Ele era fascinado pelo Brasil, e ainda mais por minha mãe que era brasileira. Ela foi o grande motivo pelo qual ele deixou a Europa. Nós vivíamos uma vida normal, eu era normal. Morávamos numa casa grande, tínhamos boas condições financeiras, tínhamos conforto. Tudo do bom e do melhor até que um dia no final das nossas férias... (Kevin fez uma pausa).
— Vamos Kevin continue - disse Mell ansiosa para ouvir a historia. Naquele dia (continuou) uma senhora apareceu em nossa porta ela estava trêmula, pois fazia muito frio ela nos pediu agasalho e um pouco de comida. Minha mãe muito bondosa a convidou para entrar, oferecemos abrigo a ela naquela tarde. À noite quando todos dormiam, ela começou a rondar pelos cômodos da casa. Ela foi parar no quarto dos meus pais que ainda dormiam. Meu irmão e eu acordamos com os gritos de minha mãe, corri até o quarto e encontrei minha mãe desesperada com meu pai nos braços e a velha parada com a boca ensangüentada. Ela havia mordido meu pai como um cachorro que morde um pedaço de carne fresca. Minha mãe gritou pra gente fugir. Desesperados e confusos descemos correndo as escadas, mas meu irmão acabou tropeçando e quebrou a perna. Naquela altura ela já tinha acabado com minha mãe também. Coloquei meu irmão nas costas, mas ele era muito pesado não fomos muito longe do que até a próxima esquina. As ruas estavam desertas, nossos vizinhos ainda não
haviam retornado das férias. Havia perto de casa um canil da policia, conseguimos pular a tela com muito esforço. Os cães eram ferozes, mas com aquela criatura pavorosa nos perseguindo nem nos importamos com isso. Mas nem mesmo lá estaríamos seguros a velha era uma vampira, tinha uma força incomparável e rasgou a tela de aço como se fosse um tecido.
Os cães latiam bastante, abrimos as gaiolas que os prendiam e eles saltaram pra cima dela. Enquanto isso ganhamos tempo pra escapar. Mas não fizemos a coisa certa os cães que não avançaram na criatura estavam nos perseguindo. Consegui Chegar de volta até a porta de casa, mas... O Alec, o Alec o meu irmão mais velho foi pego por um dos cães. Os outros cães foram mordidos e logo se transformaram em animais bizarros seus caninos eram maiores que os de um cão normal. Eram cães vampiros. Não pude fazer nada... Meu irmão foi estraçalhado cruelmente pelas criaturas, eu me vi salvo por pouco tempo. A mulher derrubou a porta da minha casa tentei recuar, mas ela era muito rápida me puxou pela perna e mordeu minha panturrilha. Eu gritei de dor ao sentir os dentes perfurando a minha pele. Provavelmente eu não teria sobrevivido se naquela noite não tivesse chegado um homem a tempo de me salvar ele tinha consigo um remo de madeira, ele a acertou em cheio o remo até quebrou, mas ela continuou de pé enquanto isso me arrastei até conseguir sair pela porta dos fundos... Um garoto que aparentava ser um pouco mais velho que eu estava escondido em uma pick-up e me puxou La pra dentro. Eu estava perdendo o sentido, pois a dor era imensa, mas me lembro que ele pegou um canivete e abriu a minha ferida para que o veneno não se espalhasse doía muito. O garoto pediu que confiasse nele então desceu sozinho e foi em direção da minha casa ele disse que aquele homem era o pai dele e que estava indo ajudá-lo. Pouco depois que ele entrou a minha casa foi pelos ares. Uma explosão a detonou completamente.