segunda-feira, 11 de abril de 2011

A descoberta :

Capítulo 1
A descoberta
Era uma manhã ensolarada. O orvalho ainda estava na grama, fazia frio quando Mellissa Du Valle uma jovem garota, montada em sua bicicleta, fazia seu trajeto rotineiro até a pequena cidade de Campos Verdes. Os primeiros raios do sol penetravam em seus olhos tonalizando-os da cor de mel. O vento batia em seu rosto cobrindo-o parcialmente com os cabelos dourados. Seu único agasalho era um cachecol amarelo crochetado. Como de costume só se ouvia o canto dos pássaros, grilos e até do gado das fazendas mais próximas. Entretanto Mellissa pôde ouvir bem baixinho, sussurrado, um gemido pedindo por socorro:
 –– Alguém me ajude, por favor!  - Pensou estar ouvindo coisas mas, escutou novamente e  dessa vez com mais força: — Me ajude!
  Avistou em meio ao capim ainda molhado uma figura caída. Sentiu medo, mas atraída pela curiosidade soltou a bicicleta e deu alguns passos na direção. Permaneceu parada por segundos. A figura se mexia sem forças, indefesa, avançou dessa vez sem medo, era um homem que estava ferido e nu.
O Jovem tremia e novamente pedia: — Me ajude! Não me deixe acabar aqui!
—Tudo ficará bem eu vou te tirar daqui. Garantiu ela tirando do pescoço o cachecol.
Cobriu-o. Com esforço conseguiu colocá-lo de pé. Ela permaneceu calada, ele se queixava do sol que feria seus olhos.
    Ela dirigiu seus olhos aos dele entreabertos, quase fechados, pôde perceber que eram azuis. Tirou a fita que prendia seus cabelos e vedou-lhe os olhos. Ele murmurou um obrigado. E Caminharam para a estrada.

   Passavam-se  mil coisas pela cabeça de Mellissa, o que havia acontecido a este jovem, era uma delas. Mas o que mais a preocupava era buscar ajuda por que ela não suportava mais sozinha o peso do rapaz. Pararam à sombra de uma árvore para descansarem, ele se manteve calado.
Ela se atreveu a perguntar o que tinha acontecido. Balançando a cabeça ele disse: — Não consigo me lembrar de nada, nem como vim parar aqui. Não soube nem ao menos dizer o próprio nome. Ela então se apresentou:
 — Pois bem garoto sem nome, me chamo Mellissa, mas todos me chamam de Mell. Ele sorriu e disse: — Muito prazer... Mell.
 —Vamos continuar? - Perguntou ela.
 —Pra onde está me levando? Perguntou ele.
— O hospital fica longe e nesse ritmo chegaremos até lá só à tarde, então vamos pra minha casa mesmo.
  Poucas horas depois chegaram a casa. O rapaz então pôde repousar em um dos quartos. Mellissa pensou em ligar para a polícia, mas preferiu esperar o rapaz descansar e tentar fazê-lo lembrar de algo. Foi até o quarto e o encontrou dormindo.
   A tarde se aproximava, o jovem acabara de acordar, Ali estava Mell sentada na cadeira, vendo ele se despertar. Em cima da mesinha um lanche o esperava. —Parece bem melhor agora! - Afirmou Mell notando que ele não estava tão pálido como antes. — Sim, estou muito melhor. Obrigado!
—Achei estas roupas. Eram do meu irmão acho que vão lhe servir. Pode tomar um banho o banheiro fica ali - indicou apontando para a porta do mesmo.
—Obrigado por tudo até agora - agradeceu ele.
  Mell notou que o prato permaneceu intacto. — Não vai comer? Preparei especialmente pra você. —Não obrigado. Não tenho fome! Respondeu dirigindo ao banheiro para tomar banho.
                                       

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